quarta-feira, abril 18, 2007

Capítulo 16 - O primeiro beijo

Débora Borges

– Tati, é pra você. É o Michelson – a Teca sorriu e me estendeu o telefone.

– Oi, tudo bem? Como foi o acampamento? Estava bom?

– Estava – ele respondeu, meio sem jeito.

– Ah, é? Aqui não estava tão bom – falei em tom de brincadeira, e ele emendou rápido:

– Quer dizer... não estava muito bom lá, não.

– Por que não? – eu queria ouvi-lo dizer que havia sentido minha falta.

– Não sei... Parece que faltava alguma coisa... Sabe o que era?

– Não. Eu não sei.

– Eu queria mesmo era estar perto de você.

– Eu também.

Ficamos em silêncio por alguns instantes. Imaginei que ele estivesse sorrindo timidamente como eu. Como gostaria de poder ter olhado nos olhos dele naquele momento.

– Sabia que eu consegui chegar em segundo lugar na corrida de diretores de clubes? ¬– ele disse, quebrando o silêncio.

– É mesmo? E quantos participantes havia?

– Bem... três.

– Puxa, não acredito! Que proeza – falei rindo.

– Pelo menos não fui o último. Mas me conte como foi sua conversa com a Rafaela.

– Na verdade, quase não houve conversa. Contei para ela que você havia me pedido em namoro e ela foi embora furiosa. Acho que não quer mais falar comigo.

– E agora, o que você vai fazer?

– Não posso fazer mais nada.

– Como assim? E nós dois?

– Estamos livres... – eu disse um pouco hesitante.

– Que notícia maravilhosa!

– Você não vai lamentar nem um pouquinho?

– Lamento ter estragado a amizade de vocês. Mas tenho certeza de que um dia ela vai pensar melhor e perdoar a gente. Mas, por outro lado, estou muito feliz.

– E sábado, você vai à igreja central?

– Acho que não vai ser possível novamente... É que tenho compromisso na igreja de Criciúma. Me perdoe só mais esta vez. Agora tudo vai mudar. Vou fazer planos para ficar aqui nos fins de semana. Domingo vou dar um jeito de chegar mais cedo e vou à igreja. Você também vai, né?

– Não sei... Vou ver se não tenho algum compromisso – brinquei.

No fundo, eu estava triste e um pouco desapontada. Pensei que ele estivesse tão ansioso quanto eu para estarmos juntos. Mas tentei compreender suas responsabilidades. As palavras seguintes dele me fizeram sentir um frio na barriga:

– De agora em diante, seu compromisso é comigo, Débora.

Emudeci.

– Débora?

– Oi... Então tá ¬– voltei à “Terra”. – Nos vemos no domingo.

– Até lá, então. Fique com Jesus. Um beijo.

– Você também.

– Também o quê?

– Fique com Jesus.

– E o que mais?

– Um beijo – falei baixinho.

– Um beijo – ele repetiu.

Senti como se estivesse sendo beijada pelo telefone e meu rosto ficou mais quente. Quando desliguei, meu corpo parecia leve e eu não conseguia parar de sorrir.

*****

Naquele domingo de abril de 1994 já fazia um friozinho em Florianópolis e, para variar, tinha chovido. O Michelson estava com uma blusa de lã cor de vinho e calça jeans azul claro. Segurava a Bíblia e seu guarda-chuva preto. Naquela ocasião, ele estava só, sem os amigos da pensão. Após o culto, caminhamos os três – a Teca, ele e eu – até o terminal de ônibus. Havia cumplicidade em nosso olhar. Queríamos dizer muita coisa um ao outro, mas não sabíamos como e nem quando começar.

De repente, enquanto nós três conversávamos, ele colocou o braço sobre meus ombros. Mesmo sem palavras, ele encontrou uma maneira de deixar claro que estávamos namorando. Correspondi abraçando a cintura dele. Nosso olhar voltou a se encontrar e sorrimos um para o outro.

Sentamo-nos em um dos bancos do terminal para esperar o ônibus e a Teca ficou em outro banco lendo a Bíblia. “Façam de conta que eu não estou aqui”, disse ela.

Ele manteve o braço sobre meus ombros enquanto contávamos um ao outro como havia sido nossa semana. Logo chegou o ônibus que a Teca eu deveríamos tomar. Então ele me abraçou mais forte.

– Não vá nesse. Espere o próximo.

Virei para a Teca, com olhar suplicante.

– Tá bom. Vamos no próximo – ela falou, solidária.

Estávamos ali, respirando o monóxido de carbono dos ônibus que passavam a todo o momento, ouvindo o ruído dos motores e das pessoas que passavam falando. Mesmo assim, o clima era romântico. Não prestávamos atenção em nada, só um no outro. Para nós, o tempo e o espaço estavam congelados. É irônico que Florianópolis tenha tantos cenários lindos e estivéssemos começando oficialmente nosso namoro num lugar tão inapropriado. Mas as circunstâncias nos levaram até ali e para nós tudo era maravilhoso.

De vez em quando, parávamos de falar e nos olhávamos fixamente. Até que acabávamos sorrindo e desviávamos o olhar com a face corada. Num desses momentos, ele aproximou o rosto do meu, como se fosse me beijar, mas não teve coragem. Como um piloto de avião que está prestes a aterrissar, mas percebe que há problemas em solo, ele “arremeteu” e desviou o rosto.

Dali em diante, era evidente que queríamos selar o início do namoro com um beijo. O silêncio constrangedor trazia inevitavelmente o sorriso de timidez. Eu sabia o que ele queria e ele também sabia o que eu queria, mas eu jamais tomaria a iniciativa.

De repente, nova aproximação. O rosto dele voltou a ficar próximo do meu e ele esperou que eu aproximasse mais ainda. E foi o que fiz. Cheguei ainda mais perto, mas sem encostar nele. Então ele chegou mais para frente e tocou meus lábios, beijando-os levemente. Foi um momento breve, mas inesquecível. Depois deitei a cabeça no ombro dele e nos abraçamos longamente, desfrutando o momento sublime. Era maravilhoso sentir o aconchego de seus braços. Gostaria de ter ficado assim para sempre, mas o ônibus havia chegado ruidosamente, como se fosse o relógio que anuncia a meia-noite para a Cinderela, no conto infantil. Era hora de ir embora.

Eu estava tão feliz por tudo o que Jesus estava realizando em minha vida, mas havia sofrido tanto no passado que me sentia insegura e tinha medo de que aquela felicidade um dia tivesse fim. Era tudo tão bom para ser verdade: Jesus conseguira finalmente fazer com que eu deixasse o “mundo”, suas vaidades e ilusões, e me trouxera de volta para Sua igreja; minha melhor amiga havia entregado o coração a Deus; e eu ainda tinha o amor de uma pessoa cristã e fantástica como o Michelson. Me sentia tão imerecedora que tinha medo de perder tudo aquilo. Minha autoestima muito baixa me tornava insegura e ciumenta demais. Além disso, eu já havia confiado em pessoas que mentiram para mim, me traíram e me decepcionaram. Levou algum tempo para eu perceber que agora tudo era diferente. O Michelson foi me provando que seu amor por mim era sincero e profundo. Ele sempre queria o meu bem e me levava para mais perto de Jesus.

Primeira foto tirada após o início do namoro (1994)
Nos encontrávamos quase todos os dias. Todos os planos que fazíamos ou lugares a que íamos eram sempre submetidos à opinião um do outro. Não fazíamos absolutamente nada sem que o outro soubesse. E o interessante é que jamais me senti sem liberdade por isso. Nossa união era tão espontânea e sincera, que nossa felicidade consistia em realizar tudo levando em conta a vontade e os desejos do outro. Isso me trazia segurança e eu aprendi a confiar plenamente em meu namorado.

Desde o início eu sentia que o amava, mas tinha medo de demonstrar isso total e abertamente. Depois de pouco tempo de namoro, o Michelson me surpreendeu e sussurrou em meu ouvido: “Eu te amo.” Meus olhos ficaram marejados, o coração acelerou e meus lábios se abriram num grande sorriso. Ele ficou esperando que eu também dissesse que o amava, mas embora eu realmente o amasse, ainda tinha medo de dizê-lo. Somente depois de alguns meses é que tive coragem de abrir totalmente o coração.

*****

Em junho daquele ano, a Seleção Brasileira disputava o tetracampeonato na Copa do Mundo de Futebol. Os alunos haviam sido dispensados das aulas mais cedo para poderem assistir ao jogo. Os jovens da Igreja Adventista Central de Florianópolis tinham combinado de se reunir no apartamento de um deles, que ficava próximo à Avenida Beira-Mar Norte, a fim de torcer pelo Brasil. O Michelson foi me buscar no colégio para irmos caminhando juntos até lá.

A cidade estava eufórica. As pessoas passavam apressadas, com seus apitos e bandeiras verde-amarelas. Caminhões cheios de trabalhadores na carroceria percorriam a avenida. E os motoristas buzinavam de vez em quando, extravasando ansiedade misturada com alegria. Faltavam apenas alguns minutos para começar o jogo, mas nós dois caminhávamos pela beira-mar calmamente e de mãos dadas.

Ao nos aproximarmos do trapiche onde o Michelson havia me pedido em namoro três meses antes, ele me puxou naquela direção.

– O apartamento é para o outro lado – informei.

– Eu sei. Mas que tal sentarmos aqui um pouco e ir para lá somente no segundo tempo?

– Tem certeza? Você não está com vontade de assistir ao jogo?

– Prefiro ficar com você aqui no “nosso” trapiche. Mas se você quiser ir até lá eu vou entender...

Minha resposta imediata foi um amplo sorriso. Fiquei tão feliz com aquela atitude dele e me senti tão importante que foi impossível conter a alegria.

– É claro que prefiro ficar aqui com você. De qualquer forma, saberemos pelo som dos foguetes quando o Brasil fizer gols.

Dentro de instantes, tudo ficou em silêncio. Não havia ninguém nas ruas, além de nós.

– Você ainda não me deu um beijo hoje... – ele disse, colocando o braço sobre meus ombros e aproximando o rosto do meu.

– Vamos combinar uma coisa?

– O quê? – ele perguntou, curioso.

– Só vamos nos beijar quando o Brasil fizer gol, está bem?

– E se ele não fizer?

– Mas vai.

– Certo. E se o Brasil ganhar a Copa?

– E daí?

– Você casa comigo?

– Se ganhar, eu caso!

Nos divertimos com aquela brincadeira e, felizmente, naquele dia a Seleção Brasileira venceu de goleada. Além disso, naquele ano o Brasil conquistou o tão sonhado tetracampeonato. No dia da final, estávamos na casa da Teca assistindo ao jogo pela TV, quando o goleiro Tafarel defendeu o pênalti e fez do Brasil campeão. Mesmo não gostando muito de futebol – como o Michelson –, foi emocionante ver acontecer algo que eu ouvia falar desde criança e pelo que as pessoas tanto aguardavam.

– E agora, você vai casar comigo? – o Michelson perguntou sorrindo, em tom de brincadeira, lembrando a proposta que me havia feito dias antes lá no trapiche da Beira-Mar.

– Agora sou obrigada, né? – entrei no jogo.

Na verdade, em meu coração eu queria que aquela brincadeira se tornasse realidade. Quanto mais ficava perto dele, mais se tornavam difíceis as despedidas. Queríamos estar sempre juntos. Conversávamos sobre tudo: nossa infância, escola, a faculdade dele, a igreja; e gostávamos especialmente de imaginar como seria nossa vida no Céu. Também ficávamos muito tempo lendo juntos, principalmente nas férias. Lemos Primeiros Escritos, Mensagens aos Jovens, Cartas aos Jovens Namorados (estes de Ellen White), Felizes no Amor, Canção de Eva e vários outros livros. Às vezes, quando viajávamos de ônibus para Criciúma, ele ia lendo para mim porque eu ficava enjoada se lesse dentro do veículo. Isso fazia o tempo passar mais rápido, tornando a viagem mais agradável.

Hesitei um pouco antes de ir a Criciúma pela primeira vez. Fazia quatro meses que estávamos namorando e eu tinha receio de não me sentir à vontade ou de ser rejeitada pela família dele. Mas sabia que teria que enfrentar aquele momento e que seria importante para nós dois que eu conhecesse esse “outro mundo” em que ele vivia, assim como ele estava conhecendo o meu. Foi realmente difícil, pois eu sabia que, de certa forma, seria avaliada por todos, tanto na casa dele como na igreja.

Quando entramos na residência do Michelson – uma casa de dois pavimentos, com o superior de madeira –, não havia ninguém. Os pais dele estavam trabalhando na loja que eles tinham no centro da cidade e a irmã solteira dele, a Emanuela, estava com eles. Depois de alguns minutos, a mãe dele chegou. Ao ouvir a maçaneta da porta da cozinha se movendo, meu estômago gelou. Quando ela abriu a porta e nossos olhos se encontraram, não sei quem ficou mais envergonhada. Baixando o olhar, ela me disse que eu era bem-vinda.

Logo em seguida, chegou um amigo da igreja conhecido como “Buiú”, acompanhado da Emanuela. Ele era muito brincalhão e me perguntou:

– Você já ouviu o nome da sua sogra? É Enedina. O que acha?

Fiquei gaguejando sem saber exatamente o que dizer.

– Nome feio, né? – ele nem esperou que eu articulasse uma frase. – Pode dizer. É feio mesmo.

Todos rimos e o “gelo” foi se quebrando aos poucos, à medida que comíamos o lanche da tarde.

Dona Enedina tinha o rosto jovial e demonstrava certa fragilidade em sua maneira de ser. Mas depois pude perceber que ela é uma das mulheres mais fortes que já conheci. Passou por muitos sofrimentos e sempre trabalhou arduamente para ajudar o pai do Michelson, tanto no tempo em que eles tinham uma metalúrgica, quanto na época da fábrica de roupas. Ela nunca desanimou.

Estávamos à mesa ainda quando o “seu” Francisco chegou. Muito alegre e simpático, sentou-se conosco e começou a contar sobre as histórias de Criciúma, muitas das quais ele mesmo acompanhou quando era pequeno. Relembrou o tempo em que as minas de carvão atraíam famílias inteiras para a cidade, sendo a principal fonte de renda e de desenvolvimento da região. Falou também de suas aventuras e travessuras vividas nos bairros em que morou com seus pais e seis irmãos. Depois, não poderia deixar de narrar suas conquistas no futebol, sua grande paixão; e que já havia morado na minha terra, quando jogou no Figueirense. O que dona Enedina tinha de quieta, ele tinha de conversador. Francisco era realmente muito divertido e também gostava de contar piadas. O repertório era inesgotável e naquela noite fui dormir com os músculos do maxilar doendo, de tanto rir.

Aos poucos, fui conhecendo a família e me sentindo mais à vontade. As irmãs do Michelson (que sempre o chamaram de “Mano”) demoraram um pouco mais para me aceitar como parte da família. Viam-me como uma espécie de rival que havia tirado delas o irmão querido. Embora sentissem ciúmes – o que é natural –, elas sempre foram educadas e amigáveis. E com o tempo foram se conformando com a ideia de dividir o Michelson comigo.

Eu gostava de ir para Criciúma porque o Michelson se tornava ainda mais carinhoso. Me cobria de mimos e atenção para que eu me sentisse bem lá.

*****

Eu sabia que nós dois queríamos servir a Deus de todo o coração. O Michelson estudava a Bíblia com entusiasmo e tinha prazer em partilhar comigo o que aprendia. Também não medíamos esforços para levar o conhecimento de Jesus às pessoas. Onde houvesse alguém interessado em estudar a Palavra de Deus, lá íamos nós – mesmo que fosse necessário tomar dois ônibus, caminhar longas distâncias, passar pelo meio da lama e do pó e até passar fome. A alegria que sentíamos em ver pessoas tendo a vida transformada por Cristo valia qualquer sacrifício.

Eu admirava muito o amor que o meu namorado demonstrava por Jesus e pela igreja. Quanto mais o conhecia, mais descobria o quanto ele era sincero e bondoso. Um homem verdadeiramente transformado pelo Espírito Santo. E a maneira como ele me tratava me fazia amá-lo cada vez mais. Ele era sempre tão gentil e carinhoso. Me olhava de um jeito que me fazia sentir linda, especial; uma verdadeira princesa. Às vezes, ele simplesmente ficava me olhando com um leve sorriso nos lábios e acariciando meu rosto. Meu olhar mergulhava no dele e não precisávamos dizer nada. Sabíamos que nosso amor era puro e verdadeiro.

Passei a confiar muito nele porque sabia que suas intenções eram boas e que ele nunca iria querer me prejudicar. Por isso eu achava que era desnecessário impor limites ao nosso namoro. Por conhecer a religiosidade sincera e a consagração do Michelson, acreditava que ele nunca faria algo que Deus não aprovasse. E ele realmente era bem intencionado, mas era um homem sujeito às tentações como qualquer outro. Certa vez, começamos a nos abraçar e beijar mais demoradamente, até que isso despertou em nos um desejo sensual muito forte, a tal ponto que foi preciso muita força de vontade para não ir adiante. Então, meu querido Jesus falou ao meu coração de maneira muito especial e me abriu os olhos.

Não sei explicar direito como foi, mas me lembro que um dia acordei sentindo tristeza e angústia muito fortes. O Sol brilhava, mesmo assim tudo o que eu olhava parecia cinza. Não conseguia ver alegria em nada e tive vontade de orar e chorar. Voltei para o meu quarto para ficar a sós com Jesus. E ele impressionou minha mente, mostrando-me o que estava acontecendo.

– Você está se tornando uma tentação perigosa para o Meu filho Michelson.

– Mas, Senhor – tentei argumentar –, ele sabe o que está fazendo. Ele jamais...

– Você pode e deve ser mais forte nesse assunto – senti mais uma vez Sua voz doce, porém firme. – O futuro de vocês depende disso.

Entendi que, de certa forma, para o homem é mais difícil resistir à atração física e que, portanto, cabia sobretudo a mim estabelecer os limites necessários para conservar nossa pureza mental e vigor espiritual. Me senti muito mal por, de repente, tomar consciência de que poderia estar afastando o Michelson – e a mim mesma – de Jesus e desejei ardentemente agir de forma diferente. Sabia por experiência própria que com Deus nunca é tarde demais. Por todo o amor que eu tinha por Ele e pelo Michelson, consegui mudar minhas atitudes. De início, o Michelson achou estranha minha nova postura. Chegou a pensar que eu não o estava amando mais como antes; que eu estava ficando “fria” com ele. Mas depois de muita conversa e oração, ele acabou entendendo e me agradecendo.

Eu nunca mais queria viver sem Jesus e não imaginava minha vida sem o Michelson. Queria que Jesus abençoasse nosso relacionamento e desejava fazer bem ao meu namorado, como ele fazia a mim. Eu já sabia muito bem que tudo o que Deus nos pede é para nossa felicidade. As bênçãos do sexo são reservadas ao matrimônio, e fora das orientações de Deus só existem dor e mágoa.

Senti a presença de Jesus e desejei acima de tudo ter coração puro para um dia poder olhar no rosto dEle. A partir daquele dia eu nunca mais seria a mesma. Ainda estava muito longe do ideal, mas aquela experiência me fez dar um grande passo. Mesmo assim, não foi fácil seguir a vontade de Deus. Na verdade, sempre é mais difícil não ceder à inclinação natural de todo ser humano, ainda mais tendo um inimigo ao redor nos tentando e elaborando armadilhas para nos fazer tropeçar.

Todos confiavam em nós – até nós mesmos. Foi então que acabamos descobrindo que a autoconfiança pode ser um laço. Acabávamos ficando sozinhos em ocasiões e horários muito oportunos para dar entrada ao pecado. Ainda bem que Deus é mais forte e cuida de Seus filhos. Porém, os pais devem vigiar e aconselhar os filhos incessantemente, e os jovens devem fugir o quanto puderem das situações tentadoras. Eles poderão ser guardados de provações desnecessárias e poupados de grandes sofrimentos, se puderem contar com o apoio dos pais e dos amigos.

Eu tinha certeza de que o Michelson era o amor da minha vida e de que Jesus me havia feito encontrá-lo. E assim como nos guiou desde o início, Ele esteve conosco cada dia do nosso namoro.

8 comentários:

Anónimo disse...

sou um romântico, e espero com ansiedade os capítulos dessa história, e espero que ela seja realmente verdadeira, não como minha propria história que parecia um conto de fadas e de repente, depois de 15 anos descobri ser uma farça, que Deus lhes de forças e muito amor genuíno, pois a mim resta viver com alguém que sei não me amar, mas que não quer se separar, e como cristão vou ter que lidar com esta situação, (70 vezes 7)que não é fácil, as vezes acho tudo muito injusto, mas o que e quem é justo?

Anónimo disse...

Não sei se vcs vão ler espero que sim, Deus me guiou até vcs, estou mui emocionda e feliz, sou casada a 4 anos e no momento estou infeliz nao vivo bem, mas seguramos a vontade da carne na epoca do namoro, e acredito que nossa situação era pior por que ja nos conheciamos na carne, entende? então quando conhecemos Jesus,mudamos nossos comportamentos ate nos casarmos, hj temos um filho lindo, porem ao estamos bem, orem por nós tchau Deus abençoe voces

Anónimo disse...

Gostei muito de conhecer a história de vocês e estou ansiosa para saber o final. Não demorem a escrever o restante e parabéns pela dedicação a Deus. Continuem assim.

Unknown disse...

Demorou mas chegou! Q bom
Fiquei surpresa por ver relatos sobre seus desejos, mas gostei muito pq me mostrou q todos somos sujeitos ao pecado, mas nem todos cedem.
Obrigada
Bjs

Anónimo disse...

Olá , gostei muito da sua história , muito bonita , até chorei aqui ...
Parabéns!!!!!
Que Deus abençoe vc e seu grande amor.

Para uma Vida Melhor. disse...

Linda a história do primeiro beijo de vcs =)

Pâmila disse...

Que lindo, adorei ler a hitória de vocês. Parabéns pelo belo casal. Que Deus esteja à frente, os guiando, sempre.

*-*

Anónimo disse...

Linda história!
Muito inspiradora.
A História de vocês me lembrou a de Éric e Léslie Ludy (livro: romance a maneira de Deus)
Eles se conheceram quase no mesmo ano que vocês e tem uma história tão linda quanto essa.
Essas exemplos tem uma influência que não se pode medir...
Precisamos de exemplos de pureza assim, que é o que Deus espera de nós e o que nos dará perfeita felicidade.

Abraços

Deus abençoe vcs sempre